005/366 – Primeiro livro das Crônicas

Vou ao livro de Crônicas em busca de uma crônica, assim como quem vai ao livro dos Salmos vai em busca de um salmo. Quando digo que vou em busca, quero dizer, na esperança de encontrar lá uma que me sirva ou agrade e eu possa postar aqui como se minha fosse. Encontro lá um palavrão na minha bíblia católica: "1⁰ Livro de Crônicas ou paralipômenos". Paralipômenos significa “coisas omitidas”, geralmente usada para se referir a algo que foi omitido ou deixado de fora de um relato, texto ou registro.

Eu, na minha infância e adolescência, era um devorador de livros. Gibis, bolsilivros de espionagem e faroeste, romances das séries Sabrina e Júlia, devo ter lido clássicos também, já que no último ano do ensino fundamental li tudo que tinha de ficção na biblioteca da minha escola. Apesar de frequentar nesta mesma época a igreja Adventista do Sétimo Dia, levado por uns conterrâneos de minha mãe, nunca li as escrituras sagradas por inteiro. A escola dominical me incutiu muitas passagens que até hoje acesso. Adulto, já tentei ler o livro mais publicado e vendido no mundo, mas não rolou. Também não li muitos dos clássicos que deveria.

Este tema me fez lembrar de um documentário que assisti, mas que não me lembro do título, é sobre dois vendedores de bíblias, batendo de porta em porta, tipo os mórmons da igreja Jesus Cristo Santo dos Últimos Dias. Eu não me lembro também da abordagem do documentário, a não ser a da dificuldade de “vender” a palavra de Deus num Estados Unidos do início do século passado. Essa lembrança me fez conceber uma abordagem de vendas para os dois vendedores de bíblias:
- Olhe, você nem precisa ler – começa um dos dois vendedores, enquanto o outro segura um exemplar em capa dura da Bíblia Sagrada aberto no peito - Basta abrir no Salmo 91 e deixar lá, aberta. Vendemos também o suporte para ela ficar aberta direitinha, sem tombar nem precisar ficar escorada em nada.

Rotsen Alves Pereira
Janeiro de 2024
#366cronicas

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