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Hoje minha mãe morreu

  Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: “Mãe morta. Enterro amanhã. Sinceros sentimentos.” Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem. O estrangeiro – Albert Camus     Hoje minha mãe morreu. Ao contrário de Meursault , personagem de Camus no livro “O estrangeiro”, eu não tenho dúvida se foi ontem ou se foi hoje. Foi hoje a morte de minha mãe, meu irmão mais velho me ligou para avisar, nesta terça-feira, 10 de novembro de 2020. Estou no sertão de Pernambuco e minha mãe faleceu no Rio, Rio de Janeiro onde nasci. Este mesmo irmão me disse outro dia, num telefonema, que minha mãe estava só me esperando para partir, eu, o único filho longe dela. Quase oitenta anos, coincidências, o romance de Camus foi lançado no ano em que minha mãe nasceu. Na Rádio Cidade, ouvida pela web, toca Sing, com Travis. Daqui a dez dias vou estar de volta a Cidade Maravilhosa, depois de três anos aqui pelo nordeste.   Eu, de um moleque, um pirral